Até ai, tudo normal, caso não tivéssemos tido as promessas eleitorais na campanha passada, quando a administração anterior foi duramente criticada por manter a parceria com o empresário Delcir Sondas.
Para agravar ainda mais a situação, o mesmo grupo, já no poder do clube, rejeitou as contas de 2009, criticando a parceria com o empresário supracitado. Segundo os membros da atual administração, na época que reprovaram as contas de 2009, “a parceria com o Sondas é uma ação danosa ao patrimônio do clube”, em uma clara demonstração que a decisão de reprovar os números do ano passado foi política e não técnica.
A matéria acima citada começa com a seguinte afirmativa: A parceria do Santos com a DIS (ramificação esportiva do Grupo Sondas) sempre foi vista pela atual diretoria com ressalvas e as divergências são constantes. Isso, no entanto, não impediu a cúpula do Peixe de concluir seu primeiro negócio com a empresa: o lateral-direito Danilo...Sua chegada à Vila pode representar o primeiro grande passo para melhorar a relação entre o Peixe e a DIS. A diretoria anuncia a contratação do jogador justificando: “Tudo depende das circunstâncias. Nós sentamos com o pessoal do Sondas e entendemos que era um negócio bom para todos os lados”.
Segue o texto: “Os valores não foram confirmados, mas a DIS teria pago R$ 2 milhões por 75% dos direitos econômicos do jogador. Em caso de venda do atleta, o Peixe fica com a metade disso, 37,5%. O América continua dono dos outros 25%”.
Qual a diferença da parceria feita na administração anterior para esta? Quais as circunstâncias que mudaram além dos momentos e dos homens que concluíram a negociação? Estranho, o parceiro era tratado como uma doença, e de uma hora para outra, foi curada e passou a ser solução. Uma antiga fórmula foi redescoberta como uma nova luz no caminho.
Aliás, hoje, diferente de 2008 e 2009, temos uma equipe consolidada, atletas criados e formados na gestão anterior estão amadurecidos e dando alegrias ao torcedor santista. Diferente do momento de transição destes dois anos anteriores. Importante frisar também que esta criticada parceria pela então oposição e pelos atuais membros da Comissão Fiscal do Conselho do clube foi uma das razões da permanência de nossos craques atuais.
O Clube não cumpre a recomendação da Comissão Fiscal, no parecer que rejeitou as contas de 2009, quando determinou que a diretoria não ficasse com menos de 80% dos direitos econômicos de qualquer atleta nas futuras parcerias. E agora, as contas de 2010 serão, também, reprovadas por esta equivocada interpretação?
Ainda bem que os atuais dirigentes chegaram a mesma conclusão que a nossa: a DIS é necessária para trazermos jovens promessas e revelarmos novos atletas para o clube. O empresário Delcir Sondas é um homem sério, ético e comprometido com os interesses do Santos FC.
Estas parcerias têm como objetivo realizar investimentos para aumentar a possibilidade de conquistas de resultados, tantos esportivos, quanto financeiros, através do conceito de risco, que pode ser de sucesso ou insucesso.
Graças a Deus, nossa administração provou que foi uma parceria vitoriosa, já que revelamos atletas de qualidade, os mantivemos no Brasil e conquistamos títulos expressivos para a já extensa galeria de troféus do clube.
Vale lembrar ainda que nosso trabalho estava no rumo certo, quando inclusive decidimos a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro deste ano, provando que novos craques surgirão no futebol brasileiro, vestindo o manto sagrado do Alvinegro Praiano.
E agora, como ficam aqueles falsos moralistas, que deram pareceres contundentes e irreais, inverídicos, rejeitando nossas contas devido a mesma parceria mantida? Não podemos manter o espírito de vingança, com amargura ou ressentimento, contudo devemos registrar mais este capítulo onde os caminhos pareciam tortuosos, mas quem crê em Deus confia que é possível fazer a Justiça e a Verdade.
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