sábado, 15 de maio de 2010

Mais esclarecimentos da transição do Santos FC

Esclareço momentos importantes deste processo de transição no Santos FC, inclusive disponibilizando documento do Banco Safra que confirma que diretores do clube mandaram a instituição financeira cobrar valores de empréstimos do avalista:

1. O Banco Safra, assim como o Banco Itaú e BIC, ameaçaram executar o Santos Futebol Clube em várias oportunidades desde a posse da atual gestão, por não cumprirem os compromissos bancários da agremiação, porque inclusive o primeiro vencimento de empréstimo ocorreu no dia 18 de dezembro de 2009. Caso estas execuções ocorressem - medidas que estas instituições bancárias poderiam tomar pelos seus legítimos direitos contra o Clube, como penhoras, bloqueios das receitas e outras alternativas graves -, seriam desastrosas e colocariam em risco os projetos da atual administração.

2. Temos, ainda, créditos pendentes contabilizados no Santos FC sem soluções amigáveis e coerentes. Em janeiro deste ano, tivemos a honra em receber o vice-presidente, Odílio Rodrigues, que acompanhado do assessor da diretoria, Álvaro de Souza, representando o presidente, reiteraram que a intenção do grupo de administradores era cumprir todos os compromissos financeiros do Clube, que nossos créditos eram reconhecidos pelo esforço de minha família em colaborar com a agremiação no período de minha gestão. Contudo, até esta data, não fomos mais procurados para uma proposta de conciliação, de acordo com o planejamento financeiro do Santos Futebol Clube.

3. Não foram sentimentos de "vingança" - mas sim de Justiça - que motivaram a decisão de recorrer ao Judiciário para salvaguardar direitos legítimos. A postura intransigente da atual diretoria em equacionar pendências bancárias por nós avalizadas sempre esteve presente nas tentativas de renegociar o débito junto ao Banco Safra, deixando clara a intenção de não reconhecer os compromissos assumidos pelo Clube durante a minha gestão.

4. Também não foi a questionável reprovação de minhas contas, em um ato eminentemente político, que motivou tal ação. Nossa intenção de colaborar com o clube sempre esteve presente, desde que encerrada a disputa eleitoral. Tanto é assim que, mesmo após a decisão contrária do Conselho às minhas contas, já na atual gestão, renovei minha assinatura como avalista em outros refinanciamentos junto ao Banco Itaú e BIC, sem nem sequer ter a obrigação e responsabilidades nestes novos documentos, entendendo que o clube é e sempre será merecedor da minha dedicação e apoio.

5. Nossa boa vontade e disposição de equacionar as pendências junto ao Banco Safra sempre estiveram presentes e, inclusive, foram destacadas pela própria instituição em ofício (abaixo), onde está ressaltada nossa "plena disposição de manter as garantias outorgadas, mesmo diante da mudança da composição da diretoria do Santos FC". Do outro lado, infelizmente, não houve a mesma disposição. No mesmo ofício, a instituição financeira revela "a execução das referidas garantias decorreu da impossibilidade de obtermos qualquer solução amigável junto a atual diretoria, apesar das inúmeras tentativas ao longo do prazo decorrido entre o vencimento da operação e a presente data", reafirmando a demora para renovar o empréstimo e a falta de interesse e vontade em cumprir os compromissos financeiros do Clube, concluindo a postura intransigente da atual diretoria afirmando "inclusive a indicação da atual diretoria jurídica do clube para que o Banco utilizasse os avais outorgados à operação vencida para solucionar o problema da inadimplência", em uma postura antiprofissional, dissimulada e revanchista, que não condiz com as tradições democráticas do Santos Futebol Clube.

6. Salientamos que todos os compromissos assumidos por nossa gestão não foram atos de inconsequência ou simples vontade própria. Eles foram realizados com a anuência do egrégio Conselho Deliberativo e feitos com base nos lastros de garantia existentes no clube, quer no tocante ao patrimônio físico construído por meio dos investimentos contínuos que fizémos, quer pelo elenco de atletas mantido no clube. Se tivesse havido necessidade, e fosse essa a finalidade, o repasse de atletas a outras agremiações, especialmente as do exterior, teria garantido ao clube a liquidação total dos empréstimos contraídos junto aos bancos, o que não fizemos pelo amor e pela segurança que os brilhantes jovens atletas atuais pudessem amadurecer e dar muitas alegrias e títulos ao Alvinegro Praiano, formando uma nova geração de Meninos da Vila.

7. É de se lamentar que mais uma vez ocorra a tentativa de se dar contornos políticos aos fatos, ao invés de se buscar uma solução coerente e desprovida de sentimentos revanchistas.Estivemos e sempre estaremos abertos ao diálogo e para prestar quaisquer esclarecimentos devidos, mesmo diante da grande campanha encetada visando desconstruir o trabalho vitorioso que realizamos em uma década à frente de nosso glorioso clube.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente aqui sua opinião sobre o post.