quinta-feira, 25 de março de 2010

Empresa de auditoria vê conflitos entre os pareceres sobre as demonstrações financeiras do Santos FC

A empresa RM Auditoria Contábil, especializada na análise de demonstrativos financeiros, apontou várias incongruências na comparação entre os pareceres da Comissão Fiscal do Conselho Deliberativo do Santos FC e da Directa Auditores Independentes que analisam o Balanço Patrimonial do clube no exercício de 2009, que será colocado para aprovação do plenário do respectivo órgão nesta quinta-feira (25). A análise foi encomendada por conselheiros efetivos, diante das dúvidas lançadas por meio da imprensa sobre a real situação financeira do clube.



A empresa destacou que a própria comissão fiscal afirmou, no item 2 de seu parecer, que não teve tempo hábil para cumprir o artigo 66 letra d (combinado com o inciso 2º do mesmo artigo) do Estatuto Social do clube, que menciona “como atribuição da Comissão Fiscal o exame mensal de livros, documentos e balancetes correspondentes, sendo que as conclusões a respeito desse trabalho, levadas a registro em Ata de Reunião, a fim de identificar qual o teor das mesmas durante o exercício de 2009”.


Dessa forma, a RM Auditoria recomendou que fosse analisado o livro de atas da Comissão Fiscal anterior contendo todas as análises e informações das reuniões mensais. Além disso, a empresa de auditoria apontou a inexistência de sintonia entre o parecer da Comissão Fiscal com o parecer da Auditoria Independente. A conclusão do parecer da Directa considerou como “adequadas as demonstrações contábeis encerradas em 2009, em seus aspectos relevantes”. Por sua vez, a Comissão Fiscal, mesmo afirmando ter como base o parecer da auditoria, optou por recomendar a não aprovação dos demonstrativos, o que configurou uma posição contraditória.


Na visão da RM, os pareceres não chegam à mesma conclusão. Ela analisou individualmente cada um dos 13 pontos contidos no parecer da Comissão Fiscal, demonstrando que nenhum deles impede a aprovação das contas pelo Conselho Deliberativo.


Assim como a Directa Auditoria, a RM é formada por profissionais especialistas em análises e auditoria de demonstrativos financeiros, contando com profissionais certificados, com experiência de mercado.


Veja algumas das incoerências apontadas

Conselheiros admitem que não tiveram tempo para analisar as contas na nota dois do parecer:



Afinal de contas, quem determinou a inserção dos direitos federativos nos demonstrativos de 2009? Veja abaixo o item 6 do parecer da Comissão Fiscal e o parágrafo da página 11 do parecer da auditoria independente:






Parecer da Directa Auditoria diz que o balanço reflete adequadamente a posição patrimonial do clube:






Já o parecer da Comissão Fiscal remete a um entendimento diferente:










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